INSTRUÇÃO DE SERVIÇO N.º CERF – 103.2AC,
DE 19 DE ABRIL DE 2021.
Publica Acórdão nº 103/2021, da
segunda Câmara de Julgamento.
O PRESIDENTE DO CONSELHO
ESTADUAL DE RECURSOS FISCAIS – CERF, no
uso de suas atribuições,
RESOLVE:
Art. 1.º Publicar o Acórdão
nº 103/2021, da segunda Câmara de Julgamento, conforme abaixo:
RECURSO
VOLUNTÁRIO
ACÓRDÃO
N.º 103/2021 DA SEGUNDA CÂMARA DE JULGAMENTO
PROCESSO N.º: 82540691 – APENSO: 83589325
AUTO DE INFRAÇÃO: 5041571-1
INSCRIÇÃO
ESTADUAL: 08126822-0
RECORRENTE: CHOCOLATES GAROTO S/A
RECORRIDA: SÉTIMA TURMA DE JULGAMENTO/SUJUP/GETRI
ADVOGADOS: GABRIELA JUNQUEIRA MONZON, MARCELO
BEZ DEBATIN DA SILVEIRA E OUTROS
EMENTA: DEIXAR DE REGISTRAR, NO PRAZO REGULAMENTAR, NA
ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL (EFD), DOCUMENTOS FISCAIS DE ENTRADAS – PRELIMINAR
DE JULGAMENTO DE PROCESSOS EM CONJUNTO, PREJUDICADA – AUSÊNCIA DE BIS IN
IDEM – ALEGAÇÃO DE MULTA CONFISCATÓRIA, REJEITADA - ALEGAÇÃO DE ILEGALIDADE
NA ATUALIZAÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, REJEITADA – ILICITUDE CARACTERIZADA –
AÇÃO FISCAL PROCEDENTE – RECURSO VOLUNTÁRIO IMPROVIDO – DECISÃO DE PRIMEIRA
INSTÂNCIA MANTIDA.
O pedido do sujeito passivo
de julgamento de processos em conjunto fora realizado, haja vista que os mesmos
foram publicados e encontravam-se presentes para julgamento na mesma pauta.
Quanto à alegação de bis
in idem, restou provado que as operações relativas às notas fiscais
alcançadas na presunção das operações ou prestações tributáveis não
registradas, não são as mesmas operações das notas fiscais elencadas no
Demonstrativo da Multa Aplicada por Falta do Registro dos Documentos Fiscais de
Entradas, na Escrituração Fiscal Digital – EFD, razão pela qual fora rejeitado
tal argumento.
Quanto à alegação de
multa confiscatória, o CERF não é competente para se pronunciar sobre a
inconstitucionalidade de lei tributária, conforme Súmula CERF/ES 004/2015.
Quanto à alegação de atualização
do crédito tributário, restou demonstrado que a mesma decorre de Lei, razão
pela qual foi rejeitada.
No mérito, restou provado que
o sujeito passivo deixou de registrar no prazo regulamentar, na escrituração
fiscal digital (EFD), documentos fiscais de entradas, razão pela qual procede a
ação fiscal, sem prejuízo da aplicação da retroatividade benigna veiculada pela Lei nº 11.119/2020.
DECISÃO
ACORDA a Segunda Câmara de Julgamento do Conselho Estadual
de Recursos Fiscais em conhecer do recurso e, à unanimidade,
negar-lhe provimento, para manter a decisão de primeira instância, que julgou
procedente a ação fiscal e subsistente o auto de infração, de conformidade com
o relatório e voto do conselheiro relator, que ficam fazendo parte integrante
do presente julgado.
Participaram da sessão de
julgamento Gustavo Assis Guerra (Presidente), Klauss Coutinho Barros
(Representante da Fazenda Pública) e os Conselheiros Eduardo Antônio Santos
Sampaio (Relator), Rowena Rodrigues Fraga, Adson Thiago Oliveira Silva, Henrique
Angelo Denicoli Junior, Leonardo Nunes Marques e Adaiso
Fernandes Almeida.
Vitória,
08 de abril de 2021.
GUSTAVO ASSIS GUERRA
Presidente
(Assinado digitalmente)
KLAUSS COUTINHO BARROS
Procurador – Representante da
Fazenda Pública Estadual
(Assinado digitalmente)
EDUARDO ANTONIO SANTOS
SAMPAIO
Relator
(Assinado digitalmente)
DIO/ES: 26/04/2021